SISTEMA
INTERNACIONAL DE PROTEÇÃO
01 . As
decisões proferidas pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, quando não
implementadas pelo Estado brasileiro,
(A) podem ser
executadas como título executivo judicial perante a vara federal competente territorialmente.
(B) podem ser
executadas como título executivo judicial perante o Supremo Tribunal Federal.
(C) servirão
para que a Assembleia Anual da Organização das Nações Unidas advirta o Estado brasileiro
pelo descumprimento da Convenção Americana de Direitos Humanos.
(D) podem ser
executadas como título executivo judicial perante a vara federal competente territorialmente,
desde que homologadas pelo Supremo Tribunal Federal.
(E) servirão
para que o Estado brasileiro sofra sanções internacionais, como a vedação à obtenção
de financiamentos externos.
02 . No Sistema
Interamericano de Direitos Humanos, pessoas e organizações não governamentais
podem peticionar diretamente.
(A) à Comissão
Interamericana de Direitos Humanos e à Corte Interamericana de Direitos
Humanos, a esta
última somente para solicitar medidas provisórias em casos que já estejam sob
sua análise.
(B) somente à
Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
(C) à Comissão
Interamericana de Direitos Humanos e à Corte Interamericana de Direitos Humanos,
a esta última somente para solicitar medidas provisórias. (D) à Comissão
Interamericana de Direitos Humanos e à Corte Interamericana de Direitos Humanos.
(E) à Comissão
Interamericana de Direitos Humanos e à Corte Interamericana de Direitos
Humanos, a esta
última somente como instância recursal das decisões proferidas pela Comissão
Interamericana de Direitos Humanos.
03. O
denominado “Sistema ONU” de proteção dos direitos humanos inclui
(A) o Conselho
de Direitos Humanos e o Tribunal Penal Internacional.
(B) o Conselho
de Direitos Humanos, os altos comissários, os relatores especiais, os comitês criados
pelos tratados internacionais e o Tribunal Penal Internacional.
(C) a Corte
Interamericana de Direitos Humanos, a Corte Europeia de Direitos Humanos e a
Corte Africana
de Direitos Humanos.
(D) o Conselho
de Direitos Humanos, os altos comissários, os relatores especiais, os comitês criados
pelos tratados internacionais e a Corte Internacional de Justiça.
(E) o Conselho
de Direitos Humanos, Corte Internacional de Justiça e o Tribunal Penal
Internacional.
04 . O Tribunal
Penal Internacional tem competência para julgar pessoas
(A) acusadas de
crimes de guerra, contra a humanidade e
genocídio, ocorridos a partir da entrada em vigor do Estatuto de Roma,
em 2002.
(B) acusadas de
crimes de guerra, contra a humanidade e genocídio, ocorridos a partir da entrada
em vigor do Estatuto de Roma, em 1998.
(C) acusadas de
crimes de guerra, contra a humanidade, genocídio e terrorismo.
(D) e Estados
acusados de crimes de guerra, contra a humanidade, genocídio e terrorismo.
(E) e Estados
acusados de crimes de guerra, contra a humanidade e genocídio.
05.Considerando
que o Brasil é signatário da Convenção Americana de Direitos
Humanos, também
conhecida como Pacto de San José da Costa Rica, assinale a alternativa correta.
(A) O Brasil
está sujeito à jurisdição contenciosa da Corte Interamericana de Direitos
Humanos, porque
se trata de cláusula obrigatória da Convenção.
(B) A
competência da Corte Interamericana de Direitos Humanos está limitada à emissão
de sentença declaratória por violações da Convenção.
(C) A cláusula
da Convenção relativa à jurisdição obrigatória da Corte é facultativa e o
Brasil a ela
não aderiu até hoje.
(D) O Brasil
sujeitou-se voluntariamente à jurisdição da Corte e pode ser condenado à obrigação
de fazer cessar as violações à Convenção e indenizar as vítimas.
(E) A
Constituição Federal não permite a sujeição do Brasil à jurisdição de Tribunais Internacionais.
06 .Acerca de
tribunais internacionais e de sua repercussão, assinale a opção correta.
A) O Tribunal
Penal Internacional prevê a possibilidade de aplicação da pena de morte, ao passo que a Constituição
brasileira proíbe tal aplicação.
B) O § 4.º do art. 5.º da Constituição Federal
prevê a submissão do Brasil à jurisdição de tribunais penais internacionais e
tribunais de direitos humanos.
C) O Estatuto
de Roma não permite reservas nem a retirada dos Estados-membros do tratado.
D) O Estatuto
de Roma, que criou o Tribunal Penal Internacional, estabelece uma diferença entre
entrega e extradição, operando a primeira entre um Estado e o mencionado
tribunal e a segunda, entre Estados.
07 . Defensor
Público levou caso de violação de direitos humanos, ocorrido em São Paulo, ao
conhecimento da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, que a entendeu
pertinente. Contudo, o Estado brasileiro não cumpriu as recomendações
respectivas.
Diante de tal
situação, o Defensor Público.
(A) deve
peticionar à Comissão Interamericana de Direitos Humanos requerendo a remessa
do caso à Corte Interamericana de Direitos Humanos, para que o Brasil seja
formalmente condenado.
(B) deve
requerer à Corte Interamericana de Direitos Humanos que seja o caso trazido à
sua apreciação, para que o Brasil seja formalmente condenado.
(C) pode quedar
inerte, pois a remessa do caso pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos
à Corte Interamericana de Direitos Humanos é automática nestes casos.
(D) pode
requerer a homologação da decisão da Comissão Interamericana de Direitos
Humanos perante
o Supremo Tribunal Federal, nos termos do artigo 483 do Código de Processo
Civil, para posterior execução.
(E) deve
peticionar à Comissão Interamericana de Direitos Humanos para que oficie diretamente
o Governo do Estado de São Paulo para que cumpra suas recomendações.
08 .A respeito
do Tribunal Penal Internacional, é INCORRETO afirmar:
(A) Sua
jurisdição é adicional e complementar à dos Estados, cabendo a estes a responsabilidade
primária quanto ao julgamento das violações de direitos humanos.
(B) Suas penas
estão limitadas à prisão por 30 anos, podendo ser aplicada excepcionalmente a pena
de morte, quando justificada pela extrema gravidade do crime e pelas
circunstâncias pessoais do condenado.
(C) Além de
sanções de natureza penal, pode determinar a reparação às vítimas de crimes e respectivos
familiares.
(D) Tem
competência para apreciar denúncias de cometimento de crimes contra os direitos
humanos praticados por agentes públicos, sem distinções baseadas em cargo
oficial.
(E) Tem
natureza permanente e pode ser acionado em face do cometimento dos crimes
contra a humanidade, de genocídio, e de guerra, os quais obedecem aos princípios
da legalidade e anterioridade penal.
09 . O Caso Velásquez
Rodriguez, julgado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos em 1988, tem
relevância histórica porque o tribunal.
(A) estabeleceu
que os Estados tivessem o dever de prevenir, investigar e punir violações de direitos
humanos enunciados na Convenção Americana de Direitos Humanos.
(B) ordenou,
pela primeira vez, medidas provisórias para garantir a vida e a integridade
física da vítima.
(C) consolidou
o entendimento de que leis de anistia são incompatíveis com a Convenção
Americana de
Direitos Humanos.
(D) fixou os
parâmetros para o pagamento de indenização em caso do desaparecimento forçado
de pessoas.
(E) entendeu,
pela primeira vez, que os direitos previstos no Protocolo de São Salvador têm exigibilidade
imediata.
GABARITO: 01-A,
02-A, 03-B, 04-A, 05-D, 06-D, 07-C, 08-B, 09-A
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